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60 mil pessoas:
Festival de Inverno de Domingos Martins encerra 30ª edição com brilho, diversidade e impacto cultural
| Assessoria de Comunicação | Atualizado em 21/07/2025.
A 30ª edição do Festival Internacional de Inverno de Domingos Martins terminou ontem (20) com saldo extremamente positivo, segundo participantes, comerciantes, oficineiros e organizadores. Em dez dias de programação, a cidade e o distrito de Pedra Azul receberam cerca de 60 mil visitantes do Brasil e do exterior, numa celebração que somou 130 horas de música, sendo 40 horas só no Palco Livre, e mais de mil artistas se apresentando em diversos espaços culturais.
Nesse domingo, último dia, a banda mineira 14 Bis comandou a despedida do Festival embalando sucessos como “Planeta Sonho” e “Todo Azul do Mar”. Entre os dias 11 e 20 de julho, o público conferiu shows de Leo Jaime, Dona Fran, Macucos, Jazz Collective, além de dezenas de orquestras. A 6ª Companhia Independente da Polícia Militar afirmou que não houve ocorrências relevantes ao longo do evento, reforçando a atmosfera de tranquilidade e cultura que marca o Festival.
A estrutura do evento contou com 216 pessoas no staff, além de mais de 40 oficinas pedagógicas e uma masterclass, que reuniram quase 600 participantes vindos de estados como Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, e até do Chile. Os cursos atraíram músicos profissionais e iniciantes em busca de formação e intercâmbio artístico. Um deles foi Asael Teodoro Santos Correa, de Cachoeiro de Itapemirim, que participou pela terceira vez. “Cada ano os professores são diferentes, com técnicas diferentes. Isso amplia meus horizontes e me ajuda a ensinar melhor também”, destacou.
Quem também retornou ao evento foi o professor David Chew, violoncelista inglês radicado no Brasil, que participou da primeira edição há mais de 30 anos. Este ano, ele ministrou oficina de violoncelo e celebrou o encontro entre o popular e o clássico. “É um privilégio estar em um mesmo espaço com música popular e erudita. Isso é importante para o jovem aprender um com o outro”, disse.
Na praça central e na Rua de Lazer, onde o frio típico de montanha se misturava com aroma de café, doces e chocolates caseiros, cervejas e queijos artesanais, comerciantes celebravam o sucesso do evento. A empreendedora Rafaela Müller, dona de um quiosque na praça, comemora o movimento. “Foram dias excelentes, a cidade está cheia. Tudo combinando com frio e Festival de Inverno”.
Visitantes também elogiaram o ambiente acolhedor. O casal de aposentados Maurício e Márcia Granado, de São Paulo, revelou que conheceu Domingos Martins por sugestão de uma atendente do Sesc de Aracruz e que desde então não deixou mais de visitar a cidade. “Ano passado estávamos aqui e, por acaso, conhecemos o Festival. Este ano, viemos especialmente para isso e para comemorar o aniversário dela”, contou Maurício.
Entre os turistas mais jovens, o encantamento também foi evidente. Lavínia Heringer, mestranda de Serra, disse que acompanha todos os festivais de Inverno de Domingos Martins. “Acho importante o evento mostrar a diversidade da cultura: jazz, pop...”, comentou. Já o amigo Erick Henrique, motorista de aplicativo de Vitória, se encantou com os instrumentistas. “É novidade para mim ver passar o som, afinarem os instrumentos. A cidade é linda e está sendo uma experiência muito agradável”.
A diretora executiva do Montanhas Capixabas Convention & Visitors Bureau, Andreia Rosa, destaca o impacto cultural e econômico do Festival. “Como legados para o município ficam o fortalecimento da cultura e as oficinas pedagógicas. A cidade respirou música nesses dez dias. O evento foi acessível, gratuito, com a música erudita democratizada. O turismo é um dos nossos pilares econômicos e tivemos aqui milhares de turistas movimentando a economia, gerando emprego e renda”.
O prefeito de Domingos Martins, Eduardo José Ramos, acrescenta que o conceito do evento atrai público que aumenta o ticket médio, uma vez que a rede hoteleira teve uma ocupação de 100% , além do aquecimento de mais 50% de todo o setor turístico. “O Festival de Inverno gira a economia local, envolvendo toda a cadeia produtiva do turismo. Investir no turismo é gerar em novas oportunidades para o desenvolvimento econômico do município e região”.
A secretária de Cultura e Turismo, Maria da Penha Quinteiro, ressalta os desafios e conquistas da edição. “Foi um grande aprendizado estar à frente da realização do evento. Mergulhar no universo da música, pontuar na programação o que teria a cara do Festival. Estamos resgatando o espírito do evento do passado, com atrações internacionais, jovens em intercâmbio e a mistura da música popular com a erudita, com qualidade”.
A analista do Sebrae/ES, Karla Cardoso, que acompanha o Festival de Inverno desde sua origem, celebra os 30 anos de história. “O Sebrae sempre apoiou movimentos que fortalecem destinos turísticos. Essa edição consolida o Festival como evento de importância internacional. É um orgulho estar envolvida em algo que movimenta toda a economia da cidade e região”.
O diretor regional do Sesc ES, Luiz Henrique Toniato, reforça o novo posicionamento da instituição no apoio ao desenvolvimento local. “Desta vez, o Sesc entrou mais fortemente na participação do Festival. Estamos colocando uma mão pesada no turismo e na economia criativa do Espírito Santo por meio do trabalho da Fecomércio, Sesc, Senac e Câmara Empresarial do Turismo. Temos orgulho de contribuir com esse desenvolvimento”.
A secretária Municipal de Governo, Angela Modo, enfatiza que a realização da 30ª edição é também um resgate das origens do Festival criado em 1995. Segundo ela, "a essência do Festival está no intercâmbio cultural entre alunos e professores durante as oficinas, onde se revela sua maior riqueza". Angela também defende que o Festival mantenha sua identidade com direções pedagógica e artística bem definidas, reforçando que este ano foi possível unir tradição e inovação de forma harmônica.
Fonte: Calabria Comunicação.
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